quarta-feira, 21 de abril de 2010

CONVIVENDO NA DIVERSIDADE

segunda-feira, 12 de abril de 2010




Caminhos para uma educação diversa e cidadã


(Elisete e Sílvia)



Vivemos em uma sociedade diversa, de pessoas diferentes umas das outras, que por algumas vezes não se respeitam, sendo assim, não amando o próximo, esquecendo de que além de não vivermos sozinhos, temos que respeitar acima de tudo as diferenças.


A sociedade é diversa, porque não uma educação que torne o convívio melhor entre as pessoas e até mesmo com o meio em que vivemos? A educação abrange muitos assuntos relacionados a vida em comum, por isso ela é um instrumento fundamental para um bom convívio e relacionamento entre todos.


Para se ter uma educação diversa e cidadã é necessário que cada um dos professores trabalhe de forma a atender a diversidade humana (raça, cor, cultura e valores), então...


"A escola é o espaço de formação das consciências e o lugar de circulação e consolidação dos conceitos difundidos na cultura, na família e no dia-a-dia. É, portanto, espaço ideal para o estímulo à cidadania". (CGC)


Agora de uma olhadinha nesse vídeo...



terça-feira, 30 de março de 2010

INDICAÇÃO DE LIVROS EM PROL DA DIVERSIDADE














































sexta-feira, 26 de março de 2010

DISCRIMINAÇÃO



Discriminar significa "fazer uma distinção". Existem diversos significados para a palavra, incluindo a discriminação estatística ou a actividade de um circuito chamado discriminador. O significado mais comum, no entanto, tem a ver com a discriminação sociológica: a discriminação social, racial, religiosa, sexual, por idade ou nacionalidade, que podem levar à exclusão social

http://pt.wikipedia.org/wiki/Discrimina%C3%A7%C3%A3o
CLASSE SOCIAL

Uma classe social é um grupo de pessoas que têm status social similar segundo critérios diversos, especialmente o econômico. Diferencia-se da casta social na medida em que ao membro de uma dada casta normalmente é impossível mudar de status.


http://pt.wikipedia.org/wiki/Classe_social


CULTURA


http://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura_do_Brasil

Cultura pode ser definida como o conjunto formado pela linguagem, crenças, hábitos, pensamento e arte de um povo. A intensa miscigenação e convivência dos povos que participaram da formação do Brasil surgiu uma realidade cultural peculiar, que inclui aspectos das várias culturas.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Eis a palavra que vinga, hoje, no meio educacional...
... Inclusão: Sonho ou realidade?
http://www.elisabethsalgadoencontrandovoce.com/inclusao_escolar_sonho_realidade.htm

Somos todos diferentes
e com capacidades diversas...


terça-feira, 2 de março de 2010

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Por uma educação diversa e cidadã – Flávio Roberto Chaddad [1]
Por Flávio Roberto Chaddad, 12 de dezembro de 2009 0:10
Hoje o mundo exige de todos que estejamos preparados para conviver na diversidade, dialogar e dar oportunidade para ouvir o discurso do outro, com quem age de maneira diferente de nós. Mas, para isso, não adianta fomentar atitudes pontuais, principalmente, nas escolas: fazer festas em que as crianças se vestem de acordo com cada cultura, produzam as comidas de cada cultura, etc, se ainda o processo de ensino e aprendizagem for tradicional, for homogeneizante e lapidador das diferenças.
O professor tem que encontrar uma maneira de educar integralmente, que obedeça ao currículo básico que comporte todo conhecimento que foi construído e deve ser reconstruído pelas gerações presentes e futuras e não deixar de fazer a ponte entre a realidade cultural de cada aluno com este conhecimento tão necessário às classes menos abastadas.
Assim, este artigo tem por objetivo, num primeiro momento, analisar historicamente, e de forma suscinta, como se deu a produção da desigualdade e inferioridade e, consequentemente, do preconceito que se vê ainda hoje, mais do que nunca, arraigado em nossa sociedade e na sociedade mundial. Num segundo momento, um outro objetivo é mostrar como estes postulados estão presentes na educação tradicional e propor como deve ser realizada a educação na busca da igualdade e da convivência na diversidade.
Desde a antiguidade, o homem foi submetido ao jugo do outro. Este início de dominação foi desenvolvido através de uma Tese de Engels: “A origem da família, da propriedade privada e do estado”. Apesar deste fato histórico ainda ser uma tese, a produção da riqueza, baseada na domesticação de animais, num momento, e no outro, na escravização dos homens pelas dívidas ou guerras, ele parece que está nas bases culturais da civilização ocidental.
Assim, estes dois processos de subjugação do outro foi observado em todas as sociedades antigas, principalmente, na civilização grega e romana, onde a classe dos homens livres, os aristói, aqueles que pertenciam a aristocracia e eram os virtuosos, dominavam mulheres, os estrangeiros, os escravos e as crianças. Estes últimos não tinham nenhuma participação na vida política destas sociedades, eram, conforme o termo grego, considerados idiotas – não participativos da vida política.
Esta forma de dominação, de produção da inferioridade e, por conseguinte, do preconceito, está baseada em Platão, o qual, por exemplo, via a realidade metafísica como outro mundo, onde residiam as essências puras de todos os seres que existiam no mundo material. São formas ou modelos perfeitos e imutáveis, das quais os seres materiais deste mundo são cópias, uma mais e outras menos perfeitas. Assim, há seres humanos que se aproximam mais do modelo perfeito e outros não.
O mito dos metais, exposto na República de Platão, encerra esta ideologia de que apenas alguns são aptos a serem dirigentes e educados, pois estes pertencem à classe ouro, já nascem prontos. Daí porque esta filosofia platônica é denominada inatista, ou seja, o homem quando nasce já recebe como dom divino o conhecimento, já está pronto. A educação se resume em retirar aquilo que o educando traz em seu interior de conhecimento, através da dialética socrática. É uma filosofia que legaliza a ação de uma classe, os mais abastados, sobre uma grande maioria, os menos abastados, e está no cerne da educação ainda nos dias de hoje. Outro filósofo a contribuir com estas idéias sobre produção da desigualdade e do preconceito foi Aristóteles. Ele afirma que o escravo é escravo porque tem alma de escravo, sendo destituído por completo de alma noética, a parte da alma capaz de fazer ciência e filosofia e que desvenda o sentido e a finalidade última das coisas. Segundo Boaventura de Souza Santos, esta teoria de Aristóteles contribuiu muito para legalizar a expropriação e exploração a que foram submetidos os índios e os escravos na América Portuguesa e Espanhola.
Nos séculos XVII e XVIII, o mundo passa por quatro grandes transformações de ordem política, econômica, científica e tecnológica. Na esteira destas transformações surgem os filósofos iluministas que querem, através de seus postulados, de igualdade, direito à propriedade, etc, privilegiar o homem, o ser humano – Quem não conhece o lema da Revolução Francesa: Igualdade, liberdade e fraternidade? Porém, a defesa destes direitos, contraditoriamente, era apenas para legalizar o estado burguês nascente, o estado liberal, em detrimento do antigo regime.
Portanto, estas idéias acabam no papel, tanto em relação às políticas sociais desenvolvidas pelos países europeus atinentes às suas populações, quanto à expropriação e exploração movidas por este continente no século XIX, que ficou conhecida como partilha da África e da Ásia. Mais uma vez, estas teorias: Platônica, Aristotélica, juntamente, com as idéias de Herbert Spencer e de Darwin, sobre evolução e sociedade, foram utilizadas para legalizar o domínio dos mais fortes, os mais aptos, sobre uma grande maioria, os menos aptos ou os escravos naturais, principalmente, após o nascimento do estado burguês liberal nascente.
Um filósofo é muito importante para se entender como se originaram os fundamentos do liberalismo econômico e como estes fundamentos, juntamente com as idéias de Platão, estão no cerne de todo os processo educativo. Ele pode ser considerado o seu grande articulador ou ideólogo, pois aplicou as idéias de Isaac Newton, do movimento dos átomos, à sociedade. Este filósofo foi John Locke. Quando Locke aplicou sua teoria da natureza humana aos fenômenos sociais, foi guiado pela crença de que existem leis da natureza que governam a sociedade humana, leis semelhantes às que governam o universo físico. Tal como os átomos de uma gás estabelecem um estado de equilíbrio, também os indivíduos humanos se estabilizariam numa sociedade num “estado de natureza”.
Assim, segundo Locke, essas leis naturais incluiriam a liberdade e a igualdade entre todos os indivíduos, como o direito à propriedade, que representava os frutos do trabalho de cada um, formando a base de como ficou conhecido o sistema liberal ou liberalismo econômico É necessário entender este sistema filosófico e econômico como uma base para a realização da classe burguesa, que queria angariar o poder político, para a realização de suas atividades mercantis. As questões históricas de como se dava à apropriação, expropriação e exploração, capitalista não era considerada por Locke. A desigualdade social e econômica era tratada ideologicamente, como se fizesse parte do caráter e da inteligência de cada um. As idéias de Locke como, por exemplo, do individualismo, do direito à propriedade, dos mercados livres e do governo representativo foram essenciais para o desenvolvimento do liberalismo e, com isso, se agravou ainda mais a exploração e expropriação do homem e da natureza.
Foram destas idéias, aqui expostas, que evolui uma concepção de educação calcada, principalmente, no individualismo que se faz mais que presente em nossas instituições de ensino nos dias de hoje. Assim, para a educação liberal, “a maior igualdade ocorrerá com uma educação centrada no desenvolvimento das competências intelectuais, funcionais e morais do indivíduo”. Não há uma educação que prime pelo diálogo democrático entre os diferentes indivíduos.
A igualdade, nesta concepção de educação, refere-se ao relacionamento na oposição entre liberdade e poder. Assim, à medida que se amplia o poder de um indivíduo, diminui-se a liberdade do outro e vice-versa. Ao falar de igualdade, o liberal está se referindo aos direitos naturais, acesso à jurisdição comum; trata-se, pois, de um ideal jurídico e não social. Desta forma, este tipo de educação, calcada na oposição entre liberdade e poder só faz caminhar em processos de exclusão, do não respeito à diversidade e de geração de preconceitos. Por outro lado, numa concepção progressista de educação, ou seja, histórico-crítica ou marxista, a igualdade articula-se com a idéia de liberdade inserida num processo de emancipação coletiva, ou seja, de libertação das estruturas sociais que geram desigualdades que impedem que todos tenham garantidos seus direitos individuais e sua dignidade humana. O desafio dos educadores, portanto, é proporcionar o espaço para que, desde crianças, os sujeitos se transformem em agentes políticos, participativos da analise e da intervenção em suas realidades, fazendo evoluir a democracia e o empoderamento – grifo meu.
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[1] Graduado em Engenharia Agronômica (UNESP/Botucatu); Graduado em Ciências Biológicas (UNIP/Bauru); Especialista em Educação Ambiental (UNESP/Botucatu) e Mestre em Educação para o Ensino Superior pela PUC-Campinas.